Reovírus, SAÚDE INTESTINAL

A dependência da imunidade maternal para controlar o Reovírus

Durante as primeiras semanas de vida, para muitas enfermidades, os pintos são dependentes dos anticorpos maternos para controlarem desafios sanitários no campo. Esse é o caso do controle das reoviroses, desafio no qual as imunoglobulinas transferidas das reprodutoras podem evitar perdas significativas, principalmente nos sistemas locomotor e digestivo dos pintos.

Trabalhos científicos trazem que os títulos médios em análises sorológicas encontrados nas progênies são em média 30% dos encontrados nas reprodutoras de origem. Com isso, sabemos que quanto maior forem os títulos nas reprodutoras, mais eficaz e duradoura será a proteção inicial dos pintos contra essa enfermidade. Os programas vacinais para reovírus indicados pelos técnicos e executados no Brasil hoje, contém vacinas vivas e inativadas (primer e booster).

Alguns fatores tanto no desenho quanto na execução do programa vacinal das reprodutoras podem potencializar ou diminuir as respostas imunes. Isso impacta diretamente no potencial de controle das reoviroses nos pintos. Por exemplo, as cepas e os adjuvantes utilizados nas vacinas interferem diretamente na intensidade da resposta imune que será gerada. Sabemos também que a conservação, o transporte, a via e o processo de aplicação, quando mal executados, deixam os títulos vacinais abaixo do esperado.

A síndrome da má absorção e a artrite viral, ambas causadas pelo Reovírus, são desafios presentes na avicultura brasileira e, quando negligenciadas, podem causar grandes prejuízos a produtores/empresas. E nós, como técnicos da área avícola, precisamos montar a estratégia correta para evitar essas perdas, elaborando programas vacinais assertivos e acompanhando os preparativos e a excussão dos mesmos no campo.

Autor:

M. V. Dircélio JuniorServiços Técnicos  | Zoetis – Aves

Dircélio Júnior

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