Biosseguridade, Frangos de Corte, Outras doenças, Postura Comercial

O papel da vacinação no controle da doença de Marek em aves industriais

A doença de Marek (DM) é causada por um herpesvirus que acomete as aves, sendo caracterizada por neoplasias linfoproliferativas em nervos periféricos e em órgãos como gônadas, íris, vísceras, músculos e pele. Essa doença foi responsável por prejuízos econômicos no mundo todo, pois causa mortalidade, imunossupressão e perda de performance nas aves, tendo quase devastado a indústria avícola nos anos 1960, até que se desenvolvessem vacinas baseadas no herpesvirus de Perus (HVT) que foram o primeiro caso de sucesso no controle de uma doença causada por vírus oncogênico. Sendo assim, vacinas tem sido utilizadas para o controle da doença de Marek em aves comerciais desde 1970 de modo a minimizar as perdas econômicas decorrentes dessa enfermidade.

Em reprodutoras e poedeiras comerciais do Brasil, os programas de vacinação atuais utilizam a combinação de estirpes atenuadas ou não patogênicas do vírus HVT (turkey herpesvirus - sorotipo 3) e CVI 988 (Rispens - sorotipo 1). A combinação do sorotipo 3 e 1 tem sido uma importante e efetiva estratégia de controle por meio da vacinação de aves de vida longa, pois oferece uma melhor proteção frente ao desafio de campo, sendo a fração CVI considerada a estirpe mais efetiva na proteção contra os vírus altamente virulentos de Marek.

Já em frangos de corte, a vacinação com a cepa do vírus HVT tem sido suficiente para realizar o controle da DM. No entanto, existem países que também adotam a vacina combinada para frangos de corte em função de desafios muito altos nas granjas desde o momento do alojamento das aves.

Mais recentemente, com o amplo desenvolvimento das vacinas vetorizadas, diferentes programas têm sido adotados para aves comerciais, nos quais utiliza-se a fração do HVT recombinante (rHVT). Uma característica fascinante da sanidade avícola é sua constante evolução com o desenvolvimento de  novas tecnologias ao longo dos anos. Nesse contexto, o médico-veterinário precisa conhecer as características e particularidades de cada vacina/programa para adotar a ferramenta mais adequada para o desafio da região e da granja onde trabalha.

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Autor:

Eduardo Muniz – Médico-Veterinário | Me. | Dr. | Gerente de Serviços Técnicos e Outcomes Research | Zoetis – Aves

Eduardo Muniz

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