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Quando cogitar a vacinação dos frangos de corte contra o metapneumovírus aviário?

A Pneumovirose Aviária é uma enfermidade de ocorrência relativamente recente no Brasil. Os primeiros casos descritos são da década passada, mas vêm adquirindo importância crescente na indústria avícola nacional, pelos prejuízos que acarreta quando há a sua ocorrência em frangos de corte, poedeiras comerciais e em reprodutoras pesadas. Por isso, saber qual o momento mais apropriado para cogitar a vacinação dos frangos de corte contra o metapneumovírus aviário é fundamental.

A replicação intensa do vírus no trato superior das aves (seios nasais, laringe e traqueia) provoca a parada dos movimentos ciliares (ciliostase), podendo chegar à perda completa desses cílios (deciliação). Tal processo resulta na dificuldade de remoção do muco, que se acumula nas passagens e cavidades, e dá origem ao principal sinal clínico da doença: a cabeça inchada. Essa infecção primária favorece a invasão de agentes secundários, como a E. coli, que provocam diferentes sinais clínicos e sua intensidade está ligada à patogenicidade dos agentes envolvidos.

Logo, a cabeça inchada acaba sendo indício muito importante na hora de identificar o momento adequado de cogitar a vacinação dos frangos de corte contra o metapneumovírus aviário: uma decisão que depende, fundamentalmente, de um correto diagnóstico do desafio de campo.

Qual a participação do metapneumovírus aviário nos plantéis de aves brasileiros?

Falando sobre a vacinação em frangos de corte, ela é uma prática adotada em algumas regiões específicas ou períodos do ano com maior desafio causado pela enfermidade. Por tratar-se de uma enfermidade potencializada pela presença de outros agentes respiratórios, a vacinação contra mPVA tem sido frequentemente realizada em regiões com desafios por estirpes variantes de Bronquite Infecciosa e com Micoplasma gallisepticum. Dito isso, os melhores resultados na vacinação de mPVA em frangos de corte têm sido relatados com o programa incluindo a imunização no primeiro dia de vida, via spray, associados ou não com a vacina de Bronquite Infecciosa.

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Para quem não sabe, existem dois tipos de vacinas vivas disponíveis no mercado, sendo uma do subtipo A e a outra do subtipo B. E as informações disponíveis até o momento indicam que os dois produtos conferem boa proteção cruzada, embora algumas pesquisas revelem que o subtipo A acaba sendo o mais prevalente no Brasil.

Além da vacinação, outras medidas, como um rígido programa de biosseguridade e manejo adequado, incluindo densidade de aves, condições da cama, intervalo sanitário, limpeza e desinfecção, idades múltiplas, condições de ambiência (ventilação, variações de temperatura), são também de grande importância no sucesso do controle dessa enfermidade. Portanto, em regiões de alto desafio, a vacinação junto ao programa de biosseguridade é parte indispensável para o controle estratégico da Pneumovirose.

Outras denominações da enfermidade

  • Metapnemovírus Aviário (mPVA)
  • Rinotraqueite dos Perus (TRT)
  • Rinotraqueite Aviária (ART)
  • Síndrome da Cabeça Inchada (SHS)

Autor:
Eduardo Muniz – Médico-Veterinário | Me. | Dr. | Gerente de Serviços Técnicos e Outcomes Research – Aves

Eduardo Muniz

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