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Quais são as medidas mais eficazes para reduzir os impactos da Colibacilose?

Uma manifestação importante da APEC (Avian Pathogenic E. coli) é a mortalidade na primeira semana. A colonização do trato reprodutivo das aves e consequente transferência vertical, aproximadamente 5% (Thofner, et al., 2017) e horizontal (95%) para os ovos é algo que já está elucidado na literatura, isso acarreta prejuízos principalmente na primeira semana de vida da progênie. Existe uma forte correlação onde as aves que apresentam Colibacilose na primeira semana de vida, aumentam os índices de condenação por Aerossaculite no abatedouro.

A redução dos impactos referentes a Colibacilose devem ser avaliadas de forma muito ampla, abaixo serão elencados alguns pontos fundamentais.

A prevenção deve começar no topo da pirâmide, a nível de reprodutoras (bisavós). Essas aves assumem um papel fundamental na contaminação dos ovos e consequentemente impactando o restante da cadeia.

Reduzir a contaminação horizontal é outro fator, assim como o uso de antibióticos sensíveis quando necessários, além da utilização de prébioticos, probióticos, simbióticos e fagos, podem auxiliar no controle (Christensen, et al.,2021).

O uso de vacinas para imunoprofilaxia pode ser o caminho para redução de perdas relacionadas à Colibacilose. Nesse sentido, algumas vacinas disponíveis no mercado podem compor os programas de vacinação. As vacinas vivas são conhecidas e largamente utilizadas na avicultura mundial, essa tecnologia pode fornecer uma ampla gama de proteção contra diferentes sorogrupos (La Ragione et al., 2013).

Os mecanismos imunológicos relacionados à vacina viva com deleção gênica explicam quais são as fortalezas de proteção.  Abaixo é possível verificar a eficácia da resposta imune após o uso da Poulvac E. coli em frangos no primeiro dia de vida.

Fonte: Beirão, et al., 2021

Nesses gráficos fica evidente o grupo que recebeu a vacina apresentou um aumento estatisticamente superior no dia 07 pós vacinação de células CD4 + TCR Vβ1 + (gráfico da esquerda). Essas células são cruciais para ajudar os linfócitos B a produzir IgA nas mucosas, e seu número no sangue está diretamente relacionado às contagens intestinais, além disso, a produção de IgA foi mais pronunciada nas secreções respiratórias e a  IL-6 foi induzida nos pulmões horas após a vacinação (Beirão, et al., 2021).

 A IL-6 é importante na defesa contra a doença nos sacos aéreos em aves e nesse trabalho isso ocorreu 1 h após a vacinação com Poulvac E. coli (gráfico da direita).

Em comparação entre as aves vacinadas com a Poulvac E. coli (vermelho) e aves não vacinadas (azul) e ambas desafiadas, o percentual de lesão hepática é estatisticamente inferior no grupo vacinado, o que é possível verificar no gráfico abaixo (gráfico da esquerda). Houve um aumento significativo de IgA traqueal após o uso da vacina em relação ao grupo não vacinado (gráfico da direita).

 

Fonte: Beirão, et al., 2021

A vacinação pode ser uma excelente ferramenta para reduzir as perdas relacionadas à Colibacilose. Ficou evidente que a vacina além de aumentar os níveis de IgA na mucosa, Interleucinas e células de memória, apresentou uma excelente proteção frente ao desafio, dessa maneira, a imunoprofilaxia surge como uma ferramenta muito eficiente.

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https://www.zoetis.com.br

Autor:

Gleidson SallesM.V. MSc Serviços Técnicos  | Zoetis – Aves

Gleidson Salles

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