Frangos de Corte, Postura Comercial

O Brasil evoluiu no controle de Salmonella?

A infecção por Salmonella continua sendo um grande problema de saúde pública em todo o mundo, contribuindo para as perdas econômicas de países industrializados e subdesenvolvidos por meio dos custos associados à vigilância, prevenção e tratamento da doença. A gastroenterite é a manifestação mais comum da infecção por Salmonella em todo o mundo, seguida por bacteremia e febre entérica. 

A gravidade das infecções por Salmonella em humanos varia dependendo do sorotipo envolvido e do estado de saúde do hospedeiro humano. 

A Salmonella apresenta uma característica notável durante sua invasão de células hospedeiras humanas não fagocíticas pela qual ela realmente induz sua própria fagocitose para obter acesso à célula hospedeira. A genética notável subjacente a essa estratégia engenhosa é encontrada nas ilhas de patogenicidade de Salmonella, agrupamentos de genes localizados na grande região do DNA cromossômico e que codificam as estruturas envolvidas no processo de invasão. Quando as bactérias entram no trato digestivo através de água ou alimentos contaminados, elas tendem a penetrar nas células epiteliais que revestem a parede intestinal. Essa capacidade de cepas de Salmonella persistirem na célula hospedeira é crucial para a patogênese, pois cepas sem essa capacidade não são virulentas. 

Um fator que tem contribuído para a identificação de produtos com presença de Salmonella são monitorias sanitárias portuárias de diferentes países. 

Cada país possui um sistema específico de rastreabilidade e controle de Salmonella. A UE possui um dos mais altos padrões de segurança alimentar do mundo, em grande parte graças ao sólido conjunto de legislação da UE em vigor, que garante que os alimentos sejam seguros para os consumidores. Uma ferramenta fundamental para garantir o fluxo de informações para permitir uma reação rápida quando são detectados riscos para a saúde pública na cadeia alimentar é o RASFF – o Sistema de Alerta Rápido para Alimentos e Rações.

Criado em 1979, o RASFF permite que a informação seja partilhada de forma eficiente entre os seus membros (autoridades nacionais de segurança alimentar dos Estados-Membros da UE, Comissão, EFSA, ESA, Noruega, Liechtenstein, Islândia e Suíça) e fornece um serviço 24 horas por dia para garantir que notificações são enviadas, recebidas e respondidas de forma coletiva e eficiente. Devido a esse processo do RASFF, muitos riscos de segurança alimentar foram evitados antes que pudessem ser prejudiciais aos consumidores europeus. 

Informações vitais trocadas por meio do RASFF podem levar à retirada de produtos do mercado, não somente de países pertencentes à União Europeia, mas também a países de outros continentes, como o Brasil. 

Nesse contexto, de 2020 até março de 2022 o Brasil teve 11 alertas rápidos originados de carne de frango. Esse cenário é muito mais animador do que outrora.  

Muitas ações foram realizadas para que o Brasil reconquistasse o seu espaço e respaldo nos mercados europeus. Sem dúvidas, os conceitos de biosseguridade, planejamento, conscientização, manejo e vacinas foram cruciais para melhoria do processo.  

A visão holística da cadeia de produção deve se manter constante, além dos resultados zootécnicos, precisamos olhar para o bem-estar animal, a sustentabilidade e o principal de todos, a saúde única. 

06/7 – Saúde Única: Dia Mundial das Zoonoses | Biblioteca Virtual em Saúde  MS

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Autor: Gleidson Salles – M.V. MSc Serviços Técnicos | Zoetis – Aves

Eduardo Muniz

Gleidson Salles

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