Frangos de Corte

Problemas respiratórios em avicultura na atualidade: coleta de material visando o diagnóstico diferencial

No último ano o aumento de quadros respiratórios com perdas produtivas e aumento de condenação, e a procura do responsável, foi uma dor de cabeça para os sanitaristas.  

Em algumas regiões brasileiras, as altas temperaturas combinadas com a baixa umidade, auxiliaram no aumento de material particulado no ambiente. Esse quadro ocasiona, muitas vezes, a aerossaculite por corpo estranho (foto), que logo se transforma em uma aerossaculite bacteriana (foto). Resultando em uma grande condenação no frigorífico.

Aerossaculite 1 - – FC – 32 dias - Saco aéreo – HE – 10x – Aerossaculite por corpo estranho (fibras vegetais e pena) – barra
Aerossaculite 2 – FC – 32 dias - Saco aéreo – HE – 4x – Aerossaculite bacteriana

Em conjunto, foi detectada a variante 2 do Coronavírus aviário em alguns plantéis brasileiros, o que gerou uma esperança para que se resolva o problema, já que vários grupos de pesquisa estão realizando trabalhos com essa cepa em específico. Nessas pesquisas serão mapeadas as lesões encontradas em aves nessa variante e se as cepas encontradas no mercado possuem uma boa cobertura vacinal.

No entanto, alguns cuidados devem ser realizados antes da tomada de decisões. A exclusão de doenças imunossupressoras que estejam atrapalhando a resposta do sistema imune a vacinas e infecções bacterianas é o primeiro passo. Depois das retiradas dessas doenças da equação podemos nos ater às causas da sintomatologia respiratória.

Para o exame histopatológico, em específico para sintomatologia respiratória, deve-se ser remetido ao laboratório, em formalina a 10%, os seguintes órgãos: pulmão, traqueia inteira (já que alguns vírus como o herpesvírus possuem uma predileção para a porção apical do órgão), rim e sacos aéreos.

Um cuidado essencial na remessa é não misturar material para exame microbiológico e de biologia molecular no mesmo recipiente (isopor), pois a formalina interfere nos exames descritos acima podendo causar falsos negativos.

Autor:

Dra. Rosecler Alves Pereira – RoseVetBr Patologia Veterinária

Rosecler Alves Pereira

Rosecler Alves Pereira

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