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Como ser assertivo no diagnóstico da doença de Marek?

Na elaboração do diagnóstico da doença de Marek, alguns pontos precisam ser avaliados concomitantemente, entre eles estão os sinais clínicos, lesões micro e macroscópicas, idade das aves acometidas e resultados laboratoriais.

Entre as lesões macroscópicas mais observadas está o espessamento do nervo ciático (unilateral), presença de linfomas nodulares ou difusos em órgãos como fígado, coração, baço, rins, proventrículo e órgãos sexuais, além da presença de lesões inflamatórias da pele.

A utilização do PCR para a detecção do DNA em órgãos afetados possibilitou avanços no objetivo de correlacionar a lesão ao agente. Protocolos de PCR podem detectar especificamente o DNA do vírus que ocasiona a doença nos tumores, sendo possível diferenciar cepas de campo e vacinais. No entanto, é importante lembrar que devido à vacinação ser largamente empregada na avicultura, a detecção do vírus por si só não tem valor prático, a presença precisa ser correlacionada às lesões encontradas e aos resultados histopatológicos.

A avaliação histológica, ferramenta de eleição para o diagnóstico da doença, pode evidenciar dois tipos de lesão. A primeira é de característica neoplásica, encontrada em linfomas, com infiltrado de células linfóides em diversos órgãos. Já a segunda possui característica inflamatória, observada principalmente em nervos periféricos.

A ferramenta adequada para diferenciar a doença de Marek de outras patologias, como leucose aviária e formas granulomatosas ocasionadas por outros agentes, é o exame histopatológico. A presença de infiltrados de células linfóides em diversos órgãos ocorre apenas em desafios ocasionados pela doença de Marek, conforme figura abaixo:

Juntamente com a utilização das ferramentas de diagnóstico frente a suspeitas por desafios, deve ser realizada uma auditoria no incubatório para verificação do processo de vacinação, conforme descrito no esquema a seguir:

A ferramenta RT-PCR possibilita mensurar a multiplicação das estirpes vacinais nos folículos das penas das aves em diferentes idades. Quando o objetivo for mensurar a replicação da vacina realizada no incubatório, o ideal é coletar amostras em aves com aproximadamente 7 dias de idade. Caso a coleta seja realizada próximo aos 21 dias, por exemplo, não é mais possível identificar aves que tiveram baixa replicação da estirpe vacinal, devido à característica de alta replicação do vírus no ambiente.

Portanto, parâmetros clínicos, epidemiológicos e laboratoriais são fundamentais para o correto diagnóstico da doença.

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https://www.zoetis.com.br/produtos-e-servicos/aves/poulvac-ovoline-cvi-hvt.aspx

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Autor:

Josias Rodrigo Vogt – Assistente Técnico | Zoetis – Aves

Josias Rodrigo Vogt

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