Leptospirose: um problema mais próximo do que você imagina
A leptospirose não é uma doença que afeta apenas seres humanos. O gênero das bactérias Leptospira afeta a maior parte dos mamíferos, além de animais de sangue frio.
Cães que vivem nos meios urbanos, em teoria, tendem a estar mais expostos aos sorovares Canicola, Icterohaemorrhagiae e Copenhageni. Por outro lado, cães que vivem no meio rural, além desses sorovares, podem ser infectados por outros, como Pomona e Grippotyphosa, presentes em reservatórios silvestres. No entanto, animais que visitam o meio rural regularmente ou que vivem em áreas limítrofes entre os meios urbano e rural podem ser infectados por diversos sorovares, conforme a Figura 1.
Canicola
Icterohaemorrhagiae e Copenhageni
Pomona
Grippotyphosa
Icterohaemorrhagiae e Copenhageni
Canicola
Figura 1: Reservatórios primários de Lepstopira nos meios urbano e rural. Cães com acesso frequente ao meio rural ou residentes em áreas de transição urbano-rural podem ser infectados por muitos sorovares.
A prevalência da doença cresce nos meses quentes e é maior em cachorros machos, provavelmente devido aos hábitos de cheirar e lamber urina que eles apresentam.
Geralmente, a doença evolui sem sintomas, o que dificulta um diagnóstico precoce. O acompanhamento constante do animal é essencial, visto que a taxa de mortalidade da doença oscila entre 70 e 90% dos casos.
Fique atento caso o tutor descreva algum dos sintomas abaixo:
‣ Febre
‣ Perda de apetite
‣ Vômitos e diarreia (por vezes com presença de sangue)
‣ Urina escura
‣ Sintomas de dor ao urinar
‣ Hálito com cheiro a urina
‣ Ulcerações na mucosa bucal
‣ Deterioração geral do animal
Prevenção
Para prevenir a leptospirose canina, recomenda-se que o cachorro esteja sempre com a vacinação em dia. Além disso, é importante sempre orientar os tutores sobre os hábitos de higiene e limpeza, a desinfecção periódica do espaço onde o animal costuma ficar e os cuidados na escolha dos locais de passeio.
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