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Em torno de 60 dias antes do parto previsto, a lactação da vaca deve ser interrompida visando a preparação para a lactação seguinte.

Esse período entre lactações, conhecido como período seco, é de extrema importância para a saúde da glândula mamária e a qualidade do leite que será produzido na lactação seguinte.

Em termos de risco de contaminação da glândula mamária por agentes ambientais, o período seco pode ser dividido em três fases distintas, com maior risco nas fases inicial e final. Veja como se comporta a curva de risco da mastite:

Fonte: Revista Cenário, 2017 - Zoetis

Perceba que o período seco possui três fases:
1- Aumenta o risco de mastites por conta da involução da glândula mamária e do acúmulo de leite.
2- Após cerca de três semanas, a involução do úbere já foi completa e os riscos diminuem.
3- Com três semanas restantes para o parto, a glândula mamária começa a produzir o colostro, o que aumenta a pressão no úbere e a concentração de anticorpos. O animal está com a imunidade reduzida por conta da alta demanda energética para a reta final da gestação, e isso abre portas para novas infecções.

A terapia completa de vaca seca

O período seco é o momento ideal para tratamento de casos de mastite subclínica contraída na lactação anterior e também para a prevenção de novos casos.

O tratamento é feito com o uso de antibióticos intramamários específicos para vacas secas em cada quarto de úbere, depois da última ordenha. Esse procedimento trata em média 80% das mastites subclínicas já existentes e previne até 80% de novas infecções.

Além do tratamento e prevenção de novos casos de mastite, uma importante vantagem da terapia de vaca seca é a redução de custos: com o uso dos antibióticos neste período, não é necessário descartar leite.

Depois do antibiótico intramamário é recomendado usar um selante de teto. O selante cria uma barreira física contra a entrada de novos patógenos, dificultando novas infecções. A associação de antibiótico intramamário de vaca seca com selante constitui a forma mais completa de terapia da vaca seca.

FONTE: REVISTA CENÁRIO 2017 ZOETIS