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Por que diminuir os dias em lactação e como fazer isso?

A produção de um rebanho leiteiro está condicionada a diversos fatores produtivos, reprodutivos, sanitários e genéticos. Entre os muitos cuidados e processos realizados pelo produtor, um dos mais importantes é a otimização do tempo de lactação para que o rebanho se torne mais eficiente ao longo do tempo.

Uma forma de identificar a produtividade de cada vaca é pela chamada curva de lactação. Ela é a forma de se representar, graficamente, a evolução da produtividade de um animal ao longo da lactação.

De maneira geral, ela possui três etapas: inicialmente, uma fase crescente; depois, uma fase em que a produção atinge o pico; e uma terceira fase de declínio gradual até a secagem do animal e preparação para a próxima lactação.

O período de lactação de um animal, portanto, tem um ponto onde a produtividade de leite chega ao máximo e depois vai, naturalmente, diminuindo. Ao final desse período, quando a produção já está baixa, o produtor seca o animal em preparação para o próximo parto que se avizinha.

Mas atenção! Não confunda o período de lactação de um animal com os dias médios em lactação do rebanho. São duas medidas diferentes. A primeira é representada pela curva que mostramos acima e é referente a um único animal.

Já os dias médios em lactação (DEL) do rebanho representam o valor médio dos períodos de lactação de todos os animais do rebanho combinados. E por que calcular a média de dias produzindo de todo o rebanho é importante?

Porque, como vimos, o animal é muito mais eficiente no começo da lactação, quando atinge seu pico de produção. Então, se a média de DEL do rebanho for muito alta, isso significa que está havendo dificuldade em emprenhar as vacas e, portanto, existem muitos animais na fase decrescente da curva de lactação e poucos animais em início de lactação.

Considerando uma lactação média tradicional de 10 meses (305 dias), podemos trabalhar com uma meta para o valor de DEL que não ultrapasse os 180 dias. Acima disso, estaremos com poucos animais nas fases de maior eficiência produtiva.

E como se faz isso? Primeiramente, mantendo a sanidade e a saúde reprodutiva dos animais: um rebanho livre de doenças e com um manejo adequado para que se evite estresse térmico e outros possíveis problemas têm melhora drástica na reprodução e no periparto.

E por fim, claro, deve-se buscar incansavelmente a melhoria na eficiência reprodutiva do rebanho. Os protocolos de sincronização da ovulação para inseminação (IATF) ou transferência de embrião (TETF) em tempo fixo são importantes ferramentas e podem também ser associados ao melhoramento genético, buscando o equilíbrio entre produção de leite e fertilidade do rebanho.


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