Biosseguridade, E Coli, Frangos de Corte, Outras doenças, Postura Comercial, Reprodutoras

Aves de vida longa, matrizes e poedeiras, e os desafios com colibaciloses

As colibaciloses são protagonistas de perdas financeiras por desafios sanitários nas granjas de aves de vida longa - poedeiras comerciais, matrizes leves e pesadas, avós e bisavós. Devido à maior permanecia dos lotes dessas aves no campo (que no caso das poedeiras comerciais pode até ultrapassar 100 semanas) não é incomum que o mesmo lote seja desafiado por E. coli mais de uma vez.

Devido ao maior valor agregado das aves de vida longa quando comparadas com frangos de corte, pequenas perdas em índices zootécnicos, como % de mortalidade e % de produção, geram relevante impacto negativo no financeiro das empresas. É nesse contexto que as colibaciloses atuam como grandes vilãs em granjas de poedeiras e de reprodutoras, principalmente em função da diminuição na produção de ovos, aumento de mortalidade e dos gastos em antibioticoterapia.

No caso das reprodutoras, as colibaciloses prejudicam o despenho do lote desafiado e também a qualidade do produto final: os pintainhos e as pintainhas que essas matrizes estão produzindo.

Fonte: Google Imagens. Disponível em: https://www.google.com/imgres

Nas granjas de poedeiras no Brasil, que na maioria dos casos sofrem alta pressão sanitária por diferentes patógenos, as situações são favoráveis para o surgimento de quadros de colibaciloses tanto primários quanto secundários.

Já nas granjas de reprodutoras (matrizes, avós e bisavós), na maioria das vezes, os programas de biosseguidade são muito bem implementados e executados. Apesar disso, elas também enfrentam desafios de colibaciloses primários e/ou secundários. Esses desafios por APEC (Escherichia coli de alta patogenicidade) em granjas de aves reprodutoras com excelentes padrões de biosseguridade, nos levam à conclusão de que as colibaciloses não estão necessariamente ligadas às falhas de biosseguridade. Esse agente é ubíquo e, em função de sua característica e presença disseminada na natureza, está sempre presente no sistema de produção de aves mesmo quando altos níveis de biosseguridade estão implementados.

As recorrentes antibioticoterapias em quadros de colibaciloses em granjas de aves de vida longa têm outro grande impacto negativo na atividade além do aumento dos custos de produção: o desenvolvimento de resistência aos antibióticos. À medida que as APECs vão ficando resistentes aos antibióticos, as soluções corretivas para esses desafios tornam-se cada vez mais limitadas e ineficientes.

Como traz o dito popular, ´´prevenir é melhor do que remediar``, e a melhor forma de prevenção para diminuir os prejuízos com colibaciloses em granjas de reprodutoras e de poedeiras é a vacinação dos lotes com vacina de boa eficácia e com boas práticas durante o processo, o que traz grandes benefícios zootécnicos e consequentemente financeiros para as empresas que trabalham com aves de vida longa.

Fonte: https://www.wattagnet.com/articles/24679-keys-to-antibiotic-free-poultry-production

Autor:

M. V. Dircélio JuniorServiços Técnicos  | Zoetis – Aves

Dircélio Júnior

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