Biosseguridade, Frangos de Corte, Outras doenças, Postura Comercial, SAÚDE RESPIRATÓRIA

Importância da vacinação no controle da Coriza Infecciosa

A avicultura no Brasil é uma atividade altamente tecnificada, seja pelos avanços na genética das aves, na nutrição, nos equipamentos utilizados ou no desenvolvimento de vacinas.

Um ponto crítico de sucesso da atividade é preservar a sanidade de nossas criações, e a vacinação é componente de extrema importância para que esse objetivo seja alcançado. Dentre as diversas enfermidades que podem ser controladas pelo uso de vacinas, no caso em específico de poedeiras comerciais ou mesmo reprodutoras, podemos destacar a coriza infecciosa.

A coriza infecciosa é uma doença bacteriana, altamente contagiosa, causada pelo Avibacterium paragallinarum, que possui caráter agudo, subagudo ou crônico e acomete principalmente o trato respiratório superior das aves. Antigamente denominado Haemophilus paragallinarum, o agente etiológico da Coriza Infecciosa é um bacilo gram-negativo, pleomórfico acentuado e imóvel. Uma característica importante deste patógeno é sua debilitada capacidade de sobrevivência fora do hospedeiro, o que facilita seu controle no ambiente por meio de medidas eficientes de manejo (vazio sanitário adequado) e de limpeza e desinfecção.

O esquema de sorotipificação do agente mais utilizado atualmente é o do pesquisador Page (proposto em 1962). Ele subdivide o agente em três sorogupos: A, B e C. Outros pesquisadores classificam estes sorogrupos em sorovares (A-1, A-2, A-3, A-4, B-1, C-1, C-2, C-3 e C-4), mas é importante saber que há pouca proteção cruzada entre eles. Isso reforça a importância de se adotar programas vacinais com uso de bacterinas que contenham o maior número de sorogrupos na formulação. No Brasil, há opções de vacinas que contêm os 3 sorogrupos, e estas, portanto, são as mais indicadas para um controle efetivo e seguro.

Fonte: aviculturaindustrial.com.br
Fonte: aviculturaindustrial.com.br

Há muitos exemplos de situações em que um programa vacinal mal elaborado ou o não uso de algumas vacinas levaram a graves prejuízos econômicos. Isso foi o que ocorreu recentemente nos Estados Unidos, que registrou diversos surtos da coriza infecciosa. Uma série de conjunturas agravou ainda mais a disseminação da doença e prejudicou seu controle. Primeiro, havia escassez de bacterinas. Isso se deve ao fato de que há alguns anos, produtores já não incluíam a vacina contra a coriza em seus programas, o que tornou seu estoque limitado no país. Segundo, o registro para fabricação da vacina liberava sua produção somente para exportação. Por isso, o USDA (U.S. Department of Agriculture) e laboratórios da indústria farmacêutica animal uniram esforços para fabricação de mais vacinas e se lançaram em uma cruzada para conter a disseminação da doença. O governo local liberou o uso do rótulo de exportação para consumo interno e a vacina pode assim ser produzida com mais celeridade.

Ainda sobre a coriza infecciosa, galpões de múltiplas idades, vazio sanitário inadequado entre lotes, ventilação insuficiente e outras práticas de manejo errôneas contribuem para o surgimento dessa e de diversas outras doenças. Desse modo, um manejo sanitário eficiente, medidas de biosseguridade e um programa vacinal assertivo são as principais formas de prevenção.

Consideramos que um programa de vacinação assertivo é aquele em que as aves recebem vacinas com as cepas para os desafios de campo presentes, que são preparadas corretamente, seguindo as boas práticas, e aplicadas nos locais de eleição, idades e doses corretas, por uma equipe bem treinada e disciplinada.

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Autor:

Antônio NetoM.V Serviços Técnicos  | Zoetis – Aves

Antonio Neto

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