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Como registrar os dados de monitoria sanitária?

No atual modelo de criação de frangos de corte muita informação é gerada o tempo todo, como dados de rastreabilidade, desempenho zootécnico, sanidade, parâmetros ambientais e condenações de carcaça no frigorífico. Em sua maioria, esses dados vêm apresentados de forma objetiva e direta, por meio de números e códigos ou nomes. Porém, quando se fala em dados de necropsia, muitas vezes eles deixam de ser registrados devido à dificuldade de transformar o que se observa em algo objetivo.

Para resolver essa questão, foram criados os sistemas de escores, que vêm com o objetivo de quantificar a intensidade das lesões. O primeiro e mais conhecido deles foi descrito por Johnson e Reid, em 1970, e que ainda segue sendo muito utilizado para quantificar as lesões por coccidiose. No entanto, existem outras metodologias publicadas na literatura científica e as que foram desenvolvidas por empresas. Independentemente da metodologia escolhida, o mais importante é conseguir manter uma coleta constante de dados e armazená-los de uma forma que, depois, seja prático de realizar as análises.

Aves de corte em foco

Muitos argumentam que os sistemas de escores podem apresentar variação devido ao olhar de cada observador. É um fator a não ser descartado, porém, o que se espera é que, quanto maior o número de dados coletados, maior a diluição desse erro interobservador. Além disso, quando analisados os dados por observador, é provável que haja uma tendência dos dados se comportarem de uma mesma maneira ao longo do tempo. E como diz o velho ditado de Peter Drucker, “o que pode ser medido, pode ser melhorado”.

Com a presença crescente de equipamentos eletrônicos portáteis em praticamente todas as empresas, a boa e velha planilha de papel foi ficando de lado. No caso do registro de escores de necropsia, ela ainda é, pode-se dizer, bastante presente, visto que o acesso a aplicativos para essa função não está totalmente disseminado.

Diante de tudo isso, assim como acontece com outros dados, os de necropsia também devem ser cuidadosamente armazenados para formar um banco de dados confiável e, dessa forma, fazer análises comparativas e com base no histórico de registros. Agora, e na sua empresa, como vêm sendo tratados os dados de necropsia?

Autor:

Antonio Kraieski – Médico-Veterinário | Msc. | Serviços técnicos – Aves

Antonio Kraieski

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