Doenças Imunossupressoras, Frangos de Corte, Gumboro

A rotação das tecnologias de vacinas para a proteção contra a doença de Gumboro

https://www.thepoultrysite.com/news/2021/04/chickenboy-analysis-robot-keeping-track-of-flock-health-in-the-broiler-house

Com o desenvolvimento da vacinologia na avicultura, apareceram novas tecnologias de vacinas, como por exemplo as vacinas vetorizadas e as vacinas de imunocomplexo. Essas tecnologias algumas vezes são posicionadas no mercado como concorrentes e divergentes, porém as mesmas podem ser otimizadas quando utilizadas de forma complementar.

As rotações com vacinas vetorizadas e vacinas de imunocomplexo que algumas empresas no Brasil vêm fazendo para controlar a doença de Gumboro são exemplos dessa utilização de forma complementar das vacinas com tecnologias diferentes.

Nesses programas de rotação, as vacinas de imunocomplexo geralmente são utilizadas em períodos de maiores desafios na integração. Pelo fato de replicarem na bursa, ocupando assim os sítios de ligação e excluindo parcialmente por competição os vírus de desafio de campo, e pelo fato de causaram o efeito de “esfriamento do galpão”, que é a liberação de vírus vacinais no ambiente, diminuindo assim a pressão sanitária nesses aviários.

Já as vacinas vetorizadas, são utilizadas em períodos de menor pressão sanitária. O fato dos vírus hospedeiros dessas vacinas não replicarem na bursa, não causando lesões nesse órgão, resulta em menores danos e menor demanda do sistema imunológico das aves e consequente bom desempenho zootécnico.

É importante ressaltar que a extensiva utilização de vacinas vetorizadas para o controle de Gumboro pode ser um risco. Pois pode aumentar a replicação de cepas de desafio de campo nas bursas das aves, aumentando assim a liberação dessas no ambiente e a pressão sanitária da enfermidade de Gumboro. Essa pressão sanitária pode chegar a níveis que a proteção estimulada pela vacina vetorizada não é suficiente, iniciando assim prejuízos sanitários e zootécnicos nos lotes.

Os períodos para a utilização de cada um dos tipos de vacinas nos programas de rotação são variáveis e dependem das condições sanitárias de cada unidade produtiva. As informações coletadas pela equipe de campo, como os desenvolvimentos das bursas e as lesões nas mesmas, o acompanhamento dos resultados zootécnicos e exames laboratoriais complementares são muito importantes para determinar os momentos de mudanças do tipo de vacina para o controle da doença de Gumboro.

https://poultryhealthtoday.com/studies-demonstrate-benefits-dual-needle-ovo-vaccine-delivery/

A complementariedade das vacinas vetorizadas e das vacinas de imunocomplexo, quando aplicadas de acordo com os desafios e com boas práticas de vacinação no incubatório, podem trazer ótimos resultados frente ao desafio de Gumboro e por consequência bons resultados zootécnicos.

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https://www.zoetis.com.br/especies/aves/vacinas.aspx

 

Autor:

M. V. Dircélio JuniorServiços Técnicos  | Zoetis – Aves

Dircélio Júnior

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