Frangos de Corte, Outras doenças, Postura Comercial, SAÚDE RESPIRATÓRIA

Quais são os principais sítios de replicação do Vírus da Bronquite Infecciosa nas aves?

As doenças respiratórias são relativamente comuns na avicultura e entre os principais vírus, se destaca o IBV, ou Vírus da Bronquite Infecciosa. Esse vírus possui situação endêmica no mundo, pois onde há produção de aves, ele está presente.

De modo geral, as doenças respiratórias não possuem sinais patognomônicos, o que dificulta seu diagnóstico clínico. Abaixo, na tabela com algumas doenças respiratórias de aves, vemos que muitos sinais clínicos são comuns entre as doenças.

as doenças respiratórias não possuem sinais patognomônicos

Fonte: Cavanagh 2003.

O IBV é transmitido principalmente pela via aerossol entre as aves. Essa transmissão é rápida e pode ocorrer através de contato direto e indireto. A partir do contato entre o vírus e a ave, seu local primário de replicação é o trato aéreo superior, sendo esse o principal sítio de replicação viral. No entanto, existem estirpes com predileção por outros órgãos que causam lesões nos sistemas reprodutivo, urinário e digestivo de poedeiras, reprodutoras e frangos de corte.

Além disso, o IBV é epiteliotrópico, replicando-se nas células epiteliais do revestimento das mucosas do trato respiratório, nas células produtoras de muco (caliciformes) e nas células epiteliais dos pulmões e sacos aéreos. Quando a replicação viral está em curso, o IBV causa uma ciliostase traqueal, podendo levar à necrose de células epiteliais e alterações inflamatórias na mucosa e submucosa do trato aéreo respiratório e, a partir desses quadros, surgem os sinais clínicos característicos de doenças respiratórias, como descarga nasal, espirros, dificuldade respiratória, estertores, entre outros. Abaixo, alguns achados relacionados a IBV.

No Brasil, o que se viu nos últimos anos foi o aumento significativo dos problemas respiratórios em aves de produção (frangos de corte, reprodutoras e postura comercial). Em especial nos frangos de corte, os sinais clínicos das aves, somados ao aumento do número de condenas por aerossaculite no abatedouro, têm gerado altos impactos produtivos, trazendo preocupação para a indústria.

Após a entrada desse patógeno em um aviário, de maneira geral, a morbidade é alta, porém a mortalidade não. Alguns fatores podem agravar os quadros de IBV nos plantéis avícolas, como a má cobertura vacinal, associação de ambiente de criação ruim e algumas bactérias presentes nas aves, como Escherichia coli.

Além dos sinais respiratórios conhecidos, algumas estirpes podem ser nefropatogênicas, provocando lesões no sistema renal das aves e eventualmente ocasionando necrose nesse tecido. As lesões em trato reprodutivo podem estar presentes, levando à produção de ovos deformados, de casca fina e mais porosa.

Para um efetivo controle da IBV, é importante mantermos um ambiente adequado de criação, seguir regras de biosseguridade e instalar um programa de imunoprofilaxia.

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Autor:

Gleidson SallesM.V. MSc Serviços Técnicos  | Zoetis – Aves

Gleidson Salles

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