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Como controlar os casos de doenças respiratórias em aves?

O Metapneumovírus aviário tem distribuição mundial. Através de levantamentos epidemiológicos realizados no Brasil, podemos encontrar esse agente distribuído nos quatro cantos do país. Embora muitas vezes não receba a importância que merece, é possível dimensionar as perdas causadas por ele. Esse agente foi identificado em perus, frangos de corte, aves de postura e matrizes pesadas, e os principais subtipos presentes são o A e o B. O AMPV possui apenas um grupo filogenético, mostrando que os subtipos possuem muita similaridade entre si, de aproximadamente 96%.

Esses dados são relevantes, pois o AMPV está presente nos plantéis avícolas brasileiros e olhar com mais atenção para ele. O controle de doenças passa por uma série de medidas que devem ser tomadas de forma conjunta, considerando 3 pilares fundamentais:

  • Manejo
  • Biosseguiridade
  • Vacinas e Vacinação

O termo manejo é muito amplo, mas nesse caso devemos olhar para alguns pontos específicos, entre eles, a densidade de aves por galpão, o controle de agentes imunossupressores e bacterianos, o controle ambiental de poeira, a fumaça, a amônia e, principalmente, a ventilação.

A biosseguiridade pode auxiliar através do isolamento das granjas, eliminação de aves doentes, higienização e desinfecção das instalações de forma correta, lotes alojados com idades únicas na mesma propriedade ou região, controle de fluxo de pessoas e respeitar um vazio sanitário adequado.

A vacinação nesse terceiro pilar, assume um papel de protagonismo, pois a imunoprofilaxia pode auxiliar na proteção das aves no plantel. Aqui pode-se fazer uso de vacinas replicantes (vivas) e vacinas inativadas (não replicantes), é importante respeitar a finalidade de cada ferramenta.

Vacinas replicantes (Vivas)

Fonte: Acervo Zoetis

As vacinas replicantes acabam estimulando uma resposta celular e humoral, além de causar um bloqueio mecânico do vírus de campo, impedindo sua aderência e colonização no epitélio traqueal. Essas vacinas devem ser atenuadas para não causar reações indesejáveis no animal e imunogênicas o suficiente para estimular as respostas imunes.

Vacinas replicantes (Vivas)

Para utilizarmos as vacinas não replicantes, precisamos identificar o seguimento alvo, nesse caso, são as aves de vida longa. As vacinas não replicantes aqui, induzem maior produção de anticorpos circulantes (IgY) e protegem o trato reprodutivo das aves. Em aves de vida longa o ideal é associar as duas tecnologias, onde a vacina replicante serve como primer para a vacina não replicante, fornecendo uma proteção mais ampla e uniforme para as aves.

No momento da escolha de um programa vacinal, alguns itens são fundamentais e podem auxiliar na tomada de decisão correta.

Uso de vacinas replicantes:

  1. Proteção cruzada contra os subtipos mais prevalentes;
  2. Tipo de criação, idade que se planeja imunizar;
  3. Possibilidade de uso combinado com outras vacinas respiratórias;
  4. Grau de atenuação;
  5. Título infectante do vírus vacinal;
  6. Vias de aplicação (spray, água de bebida, ocular);
  7. Distribuição da estirpe vacinal atenuada;
  8. Equilíbrio entre a imunogenicidade e reatividade.

Uso de vacinas não replicantes:

  1. Escolha da estirpe vacinal;
  2. Tipo de adjuvante utilizado;
  3. Imunogenicidade;
  4. Possiblidade de combinação com outros agentes vacinais.

 

O controle dessa enfermidade passa por um diagnóstico mais efetivo, incluindo a caracterização biológica de isolados virais, análises epidemiológicas mais abrangentes e rotineiras, biosseguridade, o uso de vacinas mais eficazes e práticas mais efetivas de vacinação são, certamente, itens críticos na luta contra esse patógeno respiratório.

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Autor:

Gleidson SallesM.V. MSc Serviços Técnicos  | Zoetis – Aves

Gleidson Salles

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