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Entendendo APECs e seus genes de patogenicidade

Diversos países enfrentam desafios sanitários na avicultura com as Escherichia coli patogênicas, ou seja, as colibaciloses são enfermidades avícolas globais.

Vários genes de patogenicidade que expressam fatores de virulência nas cepas de Escherichia coli já foram reconhecidos. As E. coli encontradas nas aves podem ser comensais ou patogênicas e o que diferencia essas duas formas é presença ou ausência de genes que expressam fatores de virulências em tais bactérias.

A partir da expressão de virulência desses genes, temos os que se relacionam: à aderência das bactérias, à produção de toxinas, a mecanismos de aquisição de ferro, ao poder de invasão das bactérias e outros.

Dentre a variedade de genes de patogenicidade mapeados no meio científico, estudiosos e profissionais da área identificaram os mais frequentes e relevantes em casos clínicos de colibaciloses em aves.

No Brasil, os genes de patogenicidade de maior prevalência em quadros de colibaciloses foram identificados e publicados no meio científico, tais genes são: hlyF, ompT, iutA, iroN e iss.

Por meio dessa identificação, em alguns laboratórios de patologia, é possível classificar as E. coli em APEC (Escherichia coli patogênica avícola) ou Escherichia coli comensal.

Através desses exames, os laboratórios fazem análises para identificar via PCR um conjunto de genes nos isolados de E. coli. Assim, dependendo da presença desses 5 genes identificados, é possível classificar a bactéria analisada em APEC ou E. coli comensal (APEC – 4 ou 5 genes de patogenicidade e E. coli comensal – até 3 genes de patogenicidade)

Entende-se que mesmo não sendo classificadas como APECs via PCR, as cepas ainda podem conter em seu material genético alguns genes que expressam fatores de virulência e isso já pode significar que elas tenham certo potencial patogênico.

Por isso, as empresas avícolas devem reconhecer a importância da identificação do grau de patogenicidade das cepas de E. coli que desafiam suas granjas. Para fazer esse levantamento é necessária a coleta de material em casos de desafios suspeitos de colibaciloses, e enviar para o isolamento e posterior identificação dos fatores de virulência.

O diagnóstico preciso dos desafios de campo e o levantamento das características das Escherichia coli presentes nas granjas é de fundamental importância na elaboração das estratégias de controle para minimizar/evitar os prejuízos zootécnicos e financeiros causado pelas colibaciloses.

https://www.oraldna.com/trends-in-salivary-testing/index.php/2017/11/10/definitions-by-matt-what-is-dna

Entendendo APECS e seus genes de patogenicidade imagem 2

https://www.openaccessgovernment.org/escherichia-coli-evolution-from-the-lab-to-the-mice-gut-and-the-wild/45385/

Autor:

M. V. Dircélio JuniorServiços Técnicos  | Zoetis – Aves

Dircélio Júnior

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