O principal objetivo das vacinas inativas nas reprodutoras é a elevação do número de anticorpos circulantes que, por consequência, aumenta sua proteção e transfere uma maior quantidade de anticorpos maternais para seus pintos. No Brasil, em quase todas as granjas de reprodutoras que utilizam vacinas inativadas, a aplicação é feita no peito das aves, entre os músculos peitoral superficial e peitoral profundo.
Existem detalhes cruciais para que o processo de armazenagem e imunização utilizando vacinas inativas alcance boa eficiência imunológica.
Assim como no caso das vacinas vivas, as inativadas também devem ser armazenadas entre 2 e 8 graus celsius, mesmo não tendo microrganismos vivos em sua composição. A armazenagem nessa faixa de temperatura evita a separação das fases aquosa e oleosa quando existentes.
Antes da aplicação, é necessário elevar a temperatura dos conteúdos vacinais para algo em torno de 34 a 36 graus Celsius. Esse aquecimento é feito usualmente nas granjas, via banho-maria. O aumento da temperatura das vacinas, confere maior fluidez na aplicação e minimiza dor e estresse nas aves.
Durante a aplicação, é importante que os veterinários certifiquem, através de necropsias por amostragens, que a aplicação está sendo feita no local correto, entre os músculos peitorais superficial e profundo. A deposição do conteúdo vacinal no local errado, por exemplo dentro dos músculos, causa dor e estresse nas aves, diminuindo assim a resposta imunológica e levando à piora nos resultados zootécnicos do lote.
Após o término da aplicação das vacinas inativadas, é necessário lavar e desinfetar todo o equipamento de vacinação, internamente e externamente. Pois o residual de vacinas que sobra no circuito pode proporcionar um meio para crescimento de microrganismos que, se aplicados na próxima vacinação, irão contaminar e prejudicar as aves.
A não execução de boas práticas em todo o processo de vacinação, pode não só prejudicar sanitariamente as reprodutoras que receberam a vacina, como também a qualidade de seus pintos. Por isso, são de elevada importância as reciclagens periódicas dos treinamentos para as equipes de vacinação e o acompanhamento frequente dos processos de vacinação por gestores/responsáveis técnicos.
Autor:
M. V. Dircélio Junior – Serviços Técnicos | Zoetis – Aves