Biosseguridade, Frangos de Corte, Outras doenças, SAÚDE RESPIRATÓRIA

A ocorrência da Coriza Infecciosa em frangos de corte

Segundo dados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), a produção anual de carne de frango do Brasil tem girado em torno de 13,245 milhões de toneladas. Essa capacidade de produção nos coloca como um dos maiores produtores mundiais de carne de frango. Desse montante, 32% (4,214 milhões de toneladas) têm como destino o mercado externo e nos garante o posto de maior exportador de carne de frango do mundo, fornecendo o produto para todos os continentes do globo.

Considerando a importância do setor avícola para a balança comercial do Brasil, problemas sanitários que afetem o desempenho das aves devem ser mitigados ao máximo e mesmo doenças incomuns, como a coriza infecciosa que acomete frangos de corte, não podem ser deixadas de lado.

A literatura sobre o assunto é escassa, mas os relatos têm crescido à medida que o diagnóstico da doença ocorre em todo o Brasil. A região Nordeste, em específico, tem presenciado alguns surtos ultimamente. Os sinais clínicos costumam aparecer a partir da 3ª semana de vida e são muito semelhantes aos descritos na literatura para aves de vida longa, como: apatia, queda no consumo de água e ração, descarga nasal, conjuntivite, edema facial e mortalidade (figura 1).

Figura 1. Fonte: Curso de Sanidade Avícola.
Figura 1. Fonte: crmvmg.gov.br

Relatos mais graves foram presenciados, por exemplo, durante o ano de 2019, em algumas regiões dos Estados Unidos. Granjas de poedeiras comerciais e frangos de corte arcaram com prejuízos expressivos decorrentes da queda de produção de ovos (chegando a 43% em alguns casos) e aumento da taxa de mortalidade (16% em algumas propriedades).

O impacto econômico da coriza infecciosa em frangos de corte se deve principalmente às condenações nos abatedouros, devido à aerossaculite (figura 2). Quando há comprometimento sistêmico ou envolvimento extensivo das carcaças de aves, essas são condenadas totalmente. Caso sejam afetadas parcialmente, condena-se os tecidos envolvidos com a lesão. As vísceras são descartadas em 100% dos casos de aerossaculite. Portanto, muitas das vezes o problema é diagnosticado somente nas plantas de abate, o que causa diversos inconvenientes.

Figura 2. Fonte: crmvmg.gov.br
Figura 2. Fonte: Arquivo pessoal.

Os custos com medicamentos para tratamento dos lotes doentes também são significativos. O tratamento baseia-se no uso de sulfas e suas combinações (via água de bebida ou ração), estreptomicina (intramuscular), quinolonas e tetraciclinas, e confere bons resultados, com os sinais clínicos desaparecendo por volta de 5 a 7 dias. Antes que se defina a droga a ser utilizada no tratamento, é recomendada a utilização de testes de sensibilidade a antimicrobianos (TSA), o conhecido antibiograma. Dessa forma, diminui-se a chance de aparecimento de cepas resistentes.

A proximidade com granjas de postura, ou até mesmo com aves de fundo de quintal, é a principal fonte de infecção para as granjas de frango de corte, especialmente aquelas com medidas de biosseguridade precárias e manejo inadequado.

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Autor:

Antônio NetoM.V Serviços Técnicos  | Zoetis – Aves

Antonio Neto

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