Biosseguridade, Frangos de Corte, Outras doenças, Postura Comercial, Reprodutoras

Ferramentas para controle da Doença de Marek.

Ao final da década de 60, iniciou-se uma história de sucesso no desenvolvimento das vacinas avícolas. Após intensivos testes de campo, a primeira vacina contra a Doença de Marek foi introduzida no mercado norte-americano em 1970. O seu êxito, evidenciado pela redução dos problemas de campo, foi tão marcante que em poucos meses a vacinação passou a ser uma prática rotineira adotada no mundo inteiro.

No Brasil, de acordo com a legislação vigente, a vacinação é obrigatória contra a doença de Marek nos estabelecimentos incubatórios de reprodução antes da expedição das aves de um dia, com títulos mínimos preconizados de 1500 PFUs/dose, em 0,2 ml de diluente (via subcutânea) ou 0,05 ml (via in ovo).

Para frangos de corte, matrizes e poedeiras uma única dose da vacina é suficiente para gerar proteção ao longo de toda vida da ave, sendo que atualmente os médicos-veterinários podem escolher entre dois tipos de vacinas:

- Vacinas vivas: podem ser usadas individualmente ou combinadas.

• HVT (sorotipo 3)

• HVT + SB-1 (ou 301 B/1, sorotipo 2)

• HVT + RISPENS (sorotipo 1)

• RISPENS (sorotipo 1)

• RISPENS + SB-1 (ou 301 B/1, sorotipo 2)

Em frangos de corte normalmente a vacinação com estirpe HVT confere boa proteção aos plantéis, enquanto para matrizes e poedeiras os melhores resultados têm sido consistentemente demonstrados com o uso da associação HVT + RISPENS (Gimeno et al. 2019).

- Vacinas vetorizadas ou recombinantes: são constituídas por vírus não patogênicos, atenuados, denominados de vetores, que possuem a capacidade de transportar parte do material genético de outro(s) vírus na sua estrutura. O HVT tem provado ser um vetor muito conveniente no desenvolvimento de vacinas vetorizadas. Várias vacinas recombinantes usando HVT (rHVT) como vetor são licenciadas. Atualmente há rHVT com inserções de doença infecciosa bursal (rHVT-IBDV); vírus da doença de Newcastle (rHVT-NDV), e laringotraqueíte (rHVT-LT) e estão disponíveis comercialmente, sendo amplamente utilizadas.

A vacinação in ovo pode aumentar a eficácia da vacina. De acordo com estudo realizado por Gimeno et al. (2016), o qual comparou uma vacina com 1500 PFUs administrada no primeiro dia de idade (via subcutânea e in ovo), contra um desafio da estirpe 645 do vvMDV. Constatou-se, no momento do término do estudo de 56 dias, que a vacinação in ovo resultou em níveis mais altos de proteção, ou seja, uma menor porcentagem de frangos com lesões da doença de Marek (tumores viscerais, ampliações nervosas ou tumores de pele).

Figura 01: sistema de injeção de vacinação in ovo.
Figura 02: local ideal para aplicação da vacinação in ovo.

A eficácia da replicação das vacinas pode ser avaliada através da metodologia de RT-PCR. Através de coletas de folículos das penas em pintos com aproximadamente 7 dias de idade, é possível identificar a replicação das estirpes vacinais. É importante que as amostras sejam coletadas individualmente (não coletadas em pools de vários indivíduos). A identificação de alta variabilidade nos resultados pode indicar falhas no processo de vacinação no incubatório.

Muitos são os aspectos que podem determinar o sucesso ou o fracasso de um processo de imunoprofilaxia. Portanto, conhecer a patogenia da doença, as características de cada tipo de vacina e os aspectos que podem influenciar na redução dos títulos vacinais é fundamental para a proteção do plantel frente aos desafios pela doença.

 

Conheça nossas soluções de controle da doença de Marek por meio da vacina HVT e HVT + CVI.

https://www.zoetis.com.br/produtos-e-servicos/aves/poulvac-ovoline-cvi-hvt.aspx

https://www.zoetis.com.br/produtos-e-servicos/aves/poulvac-ovoline-hvt.aspx

Autor:

Josias Rodrigo Vogt – Assistente Técnico | Zoetis – Aves

Josias Rodrigo Vogt

PRECISA DE MAIS INFORMAÇÕES A RESPEITO DESSE TEMA?

Fale com a nossa equipe técnica!