Brasil

Fazenda de Mato Grosso do Sul adota vacina para castração de bovinos Nelore

Com o método, pecuarista evita prejuízos decorrentes da técnica tradicional e da castração precoce, que resulta na perda de uma importante fase do ciclo de engorda do animal   

Um simples protocolo vacinal pode ser a solução para substituir as técnicas tradicionais de castração (métodos cirúrgico, burdizzo, entre outros) que afetam o bem-estar animal e trazem riscos de complicações como infecções, bicheiras, perda de peso e, em casos extremos, a morte. Esses estão entre os principais benefícios da adoção da vacina Bopriva, da Zoetis, que age no sistema imunológico dos bovinos e proporciona a suspensão temporária da fertilidade de machos e fêmeas.

A adoção do método auxilia ainda na produção de carcaças com melhor acabamento e carne de qualidade superior: “Ao se associar a castração com Bopriva a uma nutrição adequada, o pecuarista contará com um acabamento superior de carcaça e melhor remuneração nos frigoríficos”, afirma Robson Stellato, gerente de Produto Bopriva da Unidade de Negócios Bovinos da Zoetis.

É essa tecnologia que a Fazenda Seriema Agropecuária, localizada em Miranda (MS), de médio porte e dedicada ao ciclo completo de produção de bovinos de corte Nelore, optou por incorporar ao seu cotidiano. Há mais de 10 anos, o sócio proprietário, Rodrigo Zacharias, utilizava a castração cirúrgica e constatou os prejuízos decorrentes desse método. “O manejo para realizar a castração tradicional era difícil, gerava problemas operacionais e ainda acarretava prejuízos econômicos pela da perda de peso ou morte dos animais”, afirma. Quatro anos após a adoção de Bopriva em sua fazenda, Zacharias ressalta as vantagens da ferramenta: “Posso castrar meus animais em torno dos 18 meses, permitindo ampliar o ciclo completo de produção. Zacarias faz questão de ressaltar ainda a praticidade da adoção da técnica e, consequentemente, o melhor uso da mão-de-obra na fazenda: “Anteriormente, eu precisava de três dias para castrar os animais. Com o uso de Bopriva, eu consigo manejar todos os animais em apenas uma manhã”.

Vacina para castração: aumenta produtividade e bem-estar animal

Injetável e com mecanismo de ação similar às vacinas convencionais, Bopriva age no sistema imunológico dos bovinos e proporciona a suspensão temporária da função e do comportamento sexual, estimulando o sistema imunológico do animal a produzir anticorpos contra o hormônio liberador de gonadotropinas (GnRH), precursor dos hormônios reprodutivos. Desta forma, suprime temporariamente a função testicular e a produção de testosterona em bovinos machos. Nas fêmeas, a função ovariana também é inibida temporariamente com o uso de Bopriva, suprimindo o comportamento de cio.

A castração por meio do uso da vacina, leva ainda à interrupção temporária do comportamento agressivo nos machos e a uma maior deposição de gordura corporal, potencialmente melhorando a qualidade da carcaça. “Uma importante vantagem da técnica é a preservação do bem-estar animal. A vacina atende a essa demanda, pois é administrada com duas doses injetáveis (dose e reforço) na tábua do pescoço e pode ser associada a outros manejos de rotina. Nossa equipe de campo pode ajudar o produtor com essa sequência de aplicações”, explica Gomes.

 

 

Bopriva não exige período de carência para abate, pois é um produto não hormonal que não deixa resíduos no organismo do animal. “Por essas razões, as autoridades regulatórias consideram que o produto não apresenta riscos à saúde dos consumidores e permitem o abate imediato de bovinos machos e fêmeas imunizados com Bopriva”, finaliza o gerente